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Parte 1 - Quer sair do automático? ISO

  • Foto do escritor: Nan Russo
    Nan Russo
  • 26 de ago. de 2018
  • 4 min de leitura

Atualizado: 30 de ago. de 2018



 
Acredite, nem é tão complicado como parece!

De repente você decide que quer fotografar seus pratos e receitas com algo além do seu celular e compra uma câmera digital (DSLR). Só que quando começa a mexer nela, se depara com um monte de botões e um manual enorme, que algumas vezes nem tem tradução para o português e acaba decidindo usar somente o modo automático da sua câmera.

O que normalmente, até funciona. Você consegue tirar fotos bacanas no modo automático, só que acaba sendo uma roleta russa porque às vezes a câmera toma decisões inteligentes, mas outras vezes nem tanto porque as condições de luminosidade podem acabar "confundindo" os comandos e a matemática do seu equipamento. E como você não tem poder sobre essas decisões, as imagens nem sempre saem como você gostaria.


Seus problemas estão prestes a acabar!

Neste e nos próximos dois posts, vou falar de forma muito simplificada e com uma linguagem acessível, sobre os princípios fundamentais da fotografia para você mudar do modo automático para o manual e começar a treinar. Com as informações que você vai ler nesses artigos, pode acreditar, tudo vai começar a ficar mais claro (talvez literalmente) sobre a fotografia digital e sobre como usar sua câmera com inteligência.


Bem, eu considero a fotografia ideal como algo muito pessoal. Cada fotógrafo tem um estilo de cor, luz, foco, etc. e eu acredito realmente que não existe certo e errado se a imagem está bonita, agradável aos olhos e conseguindo transmitir a mensagem. Mas existem 3 princípios fundamentais, 3 pilares, que são a chave para você encontrar seu estilo e fazer boas fotos. São eles o ISO, a abertura do diafragma e a velocidade do obturador.

Basicamente, estes 3 elementos se referem à: Sensibilidade à luz (ISO); quantidade de luz (abertura) e tempo de exposição à luz (velocidade) que, combinados, vão compor a imagem na foto.


Se você já fuçou em uma câmera digital, certamente já encontrou (ou tentou) os botões de acesso à configuração desses elementos. Agora você vai começar a entender para que servem e como trabalhar com cada um deles. Nesta primeira parte do post, vamos falar sobre ISO, ou seja, sobre a sensibilidade do sensor em relação à luz.

Vem comigo!


ISO (Sensibilidade do Sensor)


ISO é a sigla para International Standarts Organization. Isso quer dizer que os valores que representam a sensibilidade do sensor com relação à luz que recebe são padronizados por esta entidade. Basicamente significa que você vai encontrar os mesmo valores de ISO em todas as câmeras digitais que utilizar, porém algumas tem capacidades de ISO maiores ou menores dependendo da sua qualidade.


Começando do começo, o valor de ISO reflete o quanto o sensor que tem dentro da sua câmera está sensível à luz que recebe em determinada situação. Estes valores variam, via de regra, de 100 a 6400, sendo que números menores significam menos sensibilidade e números maiores, mais sensibilidade à luz. Ou seja, quando você estiver em uma situação de muita luminosidade, poderá trabalhar com um ISO mais baixo, pois mesmo com pouca sensibilidade, o sensor vai receber bastante luz. Ao contrário, quando estiver com pouca luminosidade, vai precisar de um ISO maior para que o sensor esteja mais sensível podendo trabalhar com a pouca luz que recebe.

A cada vez que você aumenta o ISO da sua câmera, a sensibilidade do sensor dobra. Partindo de 100, os próximos valores são 200, 400, 800, 1600 e assim por diante.


O ISO na verdade é um recurso poderoso quando o ambiente não tem muita oferta de luz!


Então posso usar sempre um ISO de 6400 na câmera e terei sempre fotos claras e com boa exposição?

Na verdade não.

Além de ser necessário entender a combinação do ISO com os outros dois pilares (velocidade e abertura) que ainda vamos estudar, para fazer a foto com a exposição adequada é preciso estar atento ao "problema" causado por ISO`s muito altos: o ruído.


Sabe quando você vê uma foto, principalmente ampliada, e percebe que ela está cheia de "pontinhos" principalmente nas partes mais escuras? São os ruídos causados quando utilizamos o ISO muito alto. Em resumo, ISO mais baixo resulta em fotos com mais qualidade e quanto mais alto o ISO, maior a quantidade de ruídos na foto comprometendo assim sua qualidade. Atualmente, as câmeras digitais de qualidade (indiferente de serem cropadas ou full frame), seguram bem a qualidade das fotos mesmo com ISO mais alto, em torno dos 800.


Agora entendi! Nunca vou usar ISO acima de 800 para não ter fotos com ruído!

Também não é bem assim.

Muitas vezes você precisa subir o ISO para não perder a foto. ISO`s mais altos são muito utilizados em fotojornalismo e em fotografia de eventos, pois nesses casos nem sempre existe luz suficiente mesmo utilizando o flash, e é mais importante conseguir a imagem mesmo que com ruídos, do que não conseguir imagem nenhuma.


O importante é que para o assunto que realmente nos interessa aqui que é a Fotografia de Gastronomia, o ISO utilizado é sempre baixo, pois na grande maioria das vezes ou estamos utilizando luz natural suficiente, ou utilizando iluminação artificial que fornece boa luminosidade. O que é ótimo, já que as fotografias de gastronomia devem ser sempre "limpas", com boa nitidez, e alta capacidade de ampliação.


Well, well! Agora que você já sabe tudo sobre ISO e está ainda mais ansioso para mudar de vez do modo manual para o automático, vai se aventurando e me encontra na Parte 2 deste artigo para ficar craque também em Abertura do Diafragma.

Te espero!










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